Glossario
Glossário
Todos os solos possuem cargas elétricas, as quais são neutralizadas por íons presentes na solução do solo. Na maioria dos solos predominam as cargas negativas. Nos solos ácricos, ao contrário, predominam cargas positivas. São solos de fertilidade muito baixa.
Teor de alumínio trocável, ou seja quantidade de alumínio que poderá entrar em contato com as raízes das plantas. Alumínio na solução do solo é muito tóxico para as plantas. Quanto mais ácido é o solo, maior é o teor de alumínio passível de causar dano às plantas.
Partículas do solo com diâmetro entre 2 e 0,053 mm.
Partículas do solo com diâmetro menor que 0,002 mm.
Uma das classes do Sistema Brasileiro de Classificação de Solo. Corresponde, no antigo Sistema, à classe dos Solos Podzólicos. São solos relativamente profundos e bem drenados. Sua característica principal é terem um horizonte B textural. Esse horizonte é obrigatoriamente mais argiloso que os horizontes acima e abaixo dele. Tipicamente, possuem sequência de horizontes A-Bt-C, onde Bt representa o horizonte B textural. São semelhantes aos Ultissolos da Taxonomia de Solos.
Dissolução das partículas do solo com uma solução de ácido sulfuríco. Após dissolvido o solo, o extrato remanescente pode ser analisado. Os resultados do ataque sulfuríco fornecem a composição química da fração argila.
Uma das classes do Sistema Brasileiro de Classificação de Solo. São solos rasos e bem drenados. Ainda guardam nos seus horizontes vestígios do material de origem. Possuem sequência de horizontes A-Bi-C, onde Bi representa o horizonte B incipiente. São semelhantes aos Inceptissolos da Taxonomia de Solos.
Vegetação que cresce ao longo dos cursos d'água e linhas de drenagem.
Capacidade de Troca de Cátions. Quantidade de cátions (Al, H, Ca, Mg e K) que o solo é capaz de reter.
Solo em que a porcentagem de saturação por bases é inferior a 50%. São solos de fertilidade média ou baixa.
Solo em que a porcentagem de saturação por bases é superior a 50%. São solos de fertilidade alta.
Reação química que ocorre no solo fazendo com que o P fique "fixado" às partículas do solo. Uma vez "fixado", o P não pode mais ser absorvido pelas plantas.
O corte vertical do solo é chamado de perfil. O perfil do solo é dividido em camadas paralelas à superfície do terreno chamadas de horizontes. O horizonte A é o mais superficial, sendo influenciado por raízes, minhocas, atividade microbiana etc. O horizonte C é o mais profundo e consiste de material pouco alterado pelo intemperismo. Entre os horizontes A e C, acha-se o horizonte B, o qual reflete os processos de formação do solo. Nem todos os solos possuem horizontes A, B e C. Certos solos podem não ter o horizonte B, por exemplo, enquanto outros solos podem ainda apresentar outros tipos de horizontes não mencionados aqui.
Incipiente significa pouco desenvolvido em termos de formação do solo. Este é um horizonte que sofreu intemperismo suficiente para alterar apenas parcialmente o material de origem do solo. O horizonte Bi já apresenta cor e estrutura típicas de solo, mas ainda guarda muitos fragmentos do material de origem.
Ação da água, plantas, temperatura, microrganismos, vento, entre outros, no processo de desagregação física e modificação química dos materiais expostos à superfície terrestre. De modo geral, o intemperismo leva à diminuição da fertilidade dos solos através da perda de nutrientes. Por outro lado, o intemperismo melhora as propriedades físicas do solo. Também conhecido como meteorização.
Termo obsoleto devido a uso indevido. O mesmo que plintita.
Uma das classes solo do Sistema Brasileiro de Classificação de Solo. São solos profundos, muito bem drenados, homogêneos e altamente intemperizados e lixiviados. Tendem a teor teores de argila médios ou altos. Tipicamente, possuem sequência de horizontes A-Bw, onde Bw significa horizonte B latossólico. São semelhantes aos Oxissolos não-aquícos da Taxonomia de Solos.
Um dos processos do intemperismo. A água das chuvas ao penetrar através do solo carrega consigo elementos químicos. Estes podem ser carregados para rios e oceanos. Com o passar do tempo, a composição química do solo acaba sendo modificada.
É a quantidade de Al retida pela CTC do solo expressa em porcentagem. Quanto maior o valor, maior o efeito da toxidez. Solos onde m é maior que 50% são chamados de álicos.
Rochas ricas em Mg e Fe, bem como em vários outros nutrientes. São geralmente de cor escura e muito duras.
São minerais que foram formados em rochas no interior da crosta terrestre sob altas pressões e temperaturas. Minerais primários são geralmente instáveis nas condições reinantes na superfície da Terra. Mais cedo ou mais tarde, eles acabam sendo decompostos podendo liberar nutrientes para as plantas. Minerais formados na superfície terrestre em solos, lagos ou oceanos são chamados de minerais secundários.
Tipo climático em que as chuvas estão concentradas em determinada época do ano.
Sistema de designação de cores. Cada cor existente é identificada através de um código.
Uma das classes do Sistema Brasileiro de Classificação de Solos. Corresponde, no antigo Sistema, à classe dos Solos Litólicos. São solos muito rasos, não alagados, onde a rocha de origem está a menos de 50 cm da superfície. Suas propriedades são inteiramente dominadas pelas da rocha de origem. Tipicamente, possuem sequência de horizontes A-C-R, onde R representa a rocha. São semelhantes aos Entissolos da Taxonomia de Solos.
Uma das classes do Sistema Brasileiro de Classificação de Solos. Corresponde, no antigo Sistema, à classe das Areias Quartzosas. São solos profundos, muito bem drenados e constituídos quase que inteiramente de grãos de quartzo do tamanho areia. Tipicamente, possuem sequência de horizontes A-C. São semelhantes aos Quartzipsamentes da Taxonomia de Solos.
Fósforo disponível para as plantas. Fósforo é um dos nutrientes mais importantes para o crescimento de plantas.
Ciência que estuda a formação, composição e classificação dos solos. Pedólogos são os cientistas que estudam os solos.
Rochas formadas por partículas de tamanho extremamente pequeno, tais como argilitos.
Material com baixo teor de matéria orgânica, alto teor de óxidos de ferro e alumínio, e baixo teor de bases trocáveis e nutrientes (Ca, Mg, e K). Forma-se por remobilização e acumulação residual de ferro no sub-solo de várzeas, baixadas e outros ambientes de oscilação do lençol freático. Solos contendohorizontes ricos em plintita são relativamente comuns no Cerrado. Uma característica marcante é o fato de endurecer irreversivelmente após seco ao ar. Em certo sentido, é o mesmo que bauxita (material que contém minério de alumínio) e laterita.
Partículas do solo com diâmetro entre 0,053 e 0,002 mm.
Soma dos teores de Ca, Mg e K, três importantes nutrientes para as plantas. Quanto maior a soma de bases, maior a fertilidade do solo.
Floresta ou mata em que apenas algumas espécies perdem as folhas na estação seca.
CTC a pH 7. A CTC varia de acordo com o pH. Diferentes solos têm diferentes pHs. Para compará-los, padronizou-se a medição da CTC a pH 7, a qual é representada pela letra T.
Sistema de classificação de solos desenvolvido nos EUA. É usado por pedólogos praticamente no mundo todo.
Refere-se à proporção relativa das frações areia, silte e argila no solo. A grosso modo, pode-se dizer que solos de textura muito argilosa têm mais de 60% de argila. Os de textura argilosa têm entre 35 e 60% de argila. Os de textura siltosa têm mais de 65% de silte e os de textura arenosa mais de 70 ou 85% de areia. Solos que têm proporções aproximadamente semelhantes de areia, silte e argila são chamados de solos de textura média.
O horizonte B textural (Bt) é um horizonte que possui teor de argila mais elevado que os horizontes sub e sobrejacentes. Os agregados do solo nesse horizonte tendem a formar blocos que se arranjam tal como tijolos numa parede.
Saturação por bases. É a proporção de T que é ocupada por bases. Quanto maior o valor de V, mais fértil é o solo. Vide também Eutrófico e Distrófico.