Quimica Do Cerrado

                                 Quimica do cerrado

   Grande parte da vegetação que cobre o solo chapadense é formada de cerrado.

Apesar da aparência, o cerrado é rico em plantas medicinais de grande poder curativo, mas infelizmente a estimativa é que esteja extinto até 2035, segundo os estudiosos, e junto com a vegetação todo o bioma desaparecerá para sempre da face da Terra, entre eles os tamanduás, tatus, antas, onças, gatos do mato, lobos, raposas e vários outros.

    Enquanto o cerrado sofre com a destruição inevitável, profissionais da biologia e pesquisadores respeitados, ávidos por terem seu próprio mostruário, matam aves raríssimas, mesmo que a Universidade tenha vários espécimes taxidermizados. Tudo em prol de um interesse egóico.

    Enquanto isso os agricultores pregam que a geração de emprego depende dessa destruição e dizem que o cerrado 'é feio'.

     Com uma área de cerca de 2.000.000 Km², o bioma reúne de forma contínua parte dos estados do Maranhão, Piauí, Bahia, Minas Gerais, Tocantins, Goiás, Mato Grosso, Mato Grosso do Sul, São Paulo, Paraná, Pará e Rondônia. Uma das principais características do Cerrado é a de ter contato com todos os outros biomas brasileiros, permitindo um constante fluxo genético entre as espécies, especialmente por suas matas de galeria, onde são observadas diversas espécies típicas dos biomas adjacentes. Esses corredores ecológicos são tão diversos que permitem encontrar em pleno Distrito Federal espécies típicas da Mata Atlântica, como o famoso Palmito Juçara (Euterpe edulis).

    Esse número representa 25% do território nacional. Desde a transferência da capital federal para o planalto central em 1960, o Cerrado vem crescendo em relevância econômica. O que há 30 anos atrás era um enorme vazio com umas poucas cabeças de gado criadas extensivamente é hoje uma das principais regiões agrícolas do país. O Cerrado (ou a região onde era o Cerrado) é responsável por mais de 40% da produção nacional de soja e carne. Cerca de 20% do arroz, milho e café e 10% do feijão, mandioca, e cana-de-açúcar produzidos no Brasil vêm do Cerrado. Junto com a agricultura vieram indústrias, comércio, usinas, e serviços. O Cerrado tornou-se uma das regiões mais dinâmicas do Brasil.

    Estima-se que 70% da área do Cerrado seja potencialmente agricultável. Atualmente,  5% da área total é usada com agricultura e 17% com pastagens plantadas. A área ocupada com agricultura saltou de 5 milhões de hectares em 1970 para 11 milhões em 1990. Nesse mesmo período, a produção de grãos aumentou de 6 para 20 milhões de toneladas e a produtividade foi de 1,2 t/ha para 1,9 t/ha. Utilizando tecnologia já existente seria possível alcançar uma produtividade de 3,2 t/ha. Esse é o nosso desafio. Aumentar a produtividade agrícola do Cerrado, gerando renda e empregos, com certeza ajudará a diminuir a pressão ocupacional sobre ecossistemas mais sensíveis como a Amazônia e o Pantanal.

    Rica em endemismos, a formação vegetal do Cerrado é considerada a mais especializada do território brasileiro, apresentando espécies vegetais extremamente adaptadas aos solos ácidos e com alto teor de alumínio livre, além de grande resistência ao fogo. O problema é que essas espécies não apresentam vantagens competitivas em ambientes menos hostis, tornando de extrema importância a conservação de seus remanescentes.